Mel Com Cicuta 

Without the aid of prejudice and custom I should not be able to find my way across the room.

 

William Hazlitt  
      

   

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O primeiro CD do ano

Para quem, como eu, se vem revelando cada vez mais avessa ao cinema, foi uma agradável surpresa descobrir que, aquilo que pela imagem não é capaz de seduzir, pode, a final, deixar-nos absolutamente rendidos pela extraordinária qualidade musical.
Fellini, uma excepção ao enfado da grande tela, alimentando, com propriedade, dois dos cinco sentidos.
*Arranjos e interpretação ao piano de Enrico Pieranunzi, com participação de Wheeler Potter e Haden Motian.

Não resisto à crítica...O grande ecrã nunca é um enfado...só o pode ser quando a obra em causa é uma desgraça (o que, geralmente sucede na maioria dos filmes hodiernos).

Fellini teve como grande trunfo contar com Nino Rota como seu colaborador desde muito cedo. Colaboração frutuosa, porquanto transmitiu um ambiente "jazzy" aos seus filmes, mormente no genial, sublime e mordaz "la dolce vitta". Quem será capaz de esquecer os temas principais de: "I vitteloni", "La strada", "la dolce vita", "otto e mezzo" ou "amarcord" (já para não falar do fantasmagórico e impressionante "il casanova de Federico Fellini").

Cara e mui prezada Kashmir, afigura-se-me que não andas a ver os filmes certos...

Quanto a filmes com banda sonora, sugiro "Blow Up" de Michelangelo Antonioni que, a par de ser um filme genial a todos os títulos, conta com a banda sonora original da autoria de Herbie Hancock (também podemos ver uma aparição dos lendários Yardbyrds nesse filme).

E sim, Fellini Jazz é muito bom. Eu pecador aqui diante de mim me confesso (Miguel Torga em "tantum ergo"): conta com o Charlie Haden (que assinou um célebre álbum com Carlos Paredes. "Dialogues" de seu nome) e isso já diz tudo ;)
he he he :-) Falta o agradecimento à amiga que fez a descoberta!!
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