Não há nada mais reconfortante para quem profere esse disparate e nem nada mais absolutamente exasperante para quem o ouve.
Quando alguma coisa tem a força suficiente para tornar pessoas habitualmente racionais e ponderadas em desorientados representantes da civilização(!) huna é quase criminoso que , semblante impávido, se pregue o dever de manter a calma.
A paciência pode até ser o caminho mais digno e o acesso mais legítimo à redenção e à cura, mas - e da mesma maneira que não se pede a paciência para preenchimento da rotina burocrática a alguém que entre esventrado nas urgências de um hospital - devia ser proibida esta moralista pancadinha nas costas a quem está em frangalhos por dentro.
Pode-se sofrer com dignidade mas não se pode amar sem urgência.