Se A tenta convencer B de que este último é má pessoa, apoiando-se unicamente no critério de B sentir recorrentemente necessidade de verbalizar as coisas que os outros seres humanos sentem mas não são capazes (ou simplesmente não querem) dizer, não deverá B — em vez de recorrer à terapia ou de passar o dia seguinte escondido debaixo de uma manta no sofá em depressão profunda — tentar explicar a A que aquilo que está a definir como elemento constitutivo de uma grave falha de carácter é apenas uma manifestação de ausência de hipocrisia? Ou, posto de maneira mais acessível a mentes menos elaboradas, dizer-lhe, com um sorriso terno e olhar profundamente sincero: “E se fosses ver se chove?”.
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Tiago Machado da Graça |
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LAC |
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Tiago Machado da Graça |
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