Ora bem: imaginem que vivem sozinhos, sem partilhar o vosso espaço com qualquer ser vivo além de uma orquídea japonesa moribunda e agonizante. Que estão habituados a todos os sons e movimentos da vossa casa.
Numa bela manhã, pouco depois de tocar o despertador, às 9, descem à entrada do prédio para ir ao correio e deixam a porta de casa entreaberta por preguiça de usar a chave. Voltam a casa, arrastam-se até ao frigorífico rosnando impropérios (por ser manhã) e ficam ali, inertes, durante aqueles segundos necessários para focar os rótulos dos iogurtes e pacotes de leite. Do nada, sentem um ser vivo roçar-se nos vossos tornozelos descalços. O Jeremias, que é o gato da minha vizinha de cima, achou que hoje devia vir tomar pequeno-almoço lá a casa. Para acabar o post em beleza, devia colorir a imagem ternurenta e rematar dizendo que lhe dei um pires de leite. Como é óbvio, uma vez recuperada do enfarte do miocárdio e visivelmente agravadas as já pouco estáveis condições atmosféricas matinais, o Jeremias foi corrido à vassourada para aprender a ir roçar-se nos tornozelos da velha do terceiro esquerdo que tem muito mais ar de gostar de companhia pela manhã do que eu.
Seja como for, por ter virado a casa do avesso, o Jeremias tem direito a banda sonora. É só clicar.
Percebo o seu susto... mas seria mesmo preciso recorrer à vassourada?
Posted by Teresa | 1:30 da tarde
As vassouradas eram figurativas. O Jeremias foi enxotado com a vassoura mas ela nem lhe tocou. Não é preciso apresentar queixa do meu mau humor matinal à SPA. e cheira-me que a minha história com o Jeremias não acabou aqui.:)
Posted by LAC | 2:25 da tarde
Posted by Pedro Rapoula | 3:36 da tarde