Malas feitas
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Em todos estes momentos já encontrei felicidade, vendo chegar um desconhecido que se tornou gente minha ou partir um conhecido que se revelou má gente, mas raras, muito raras vezes, experimentei o calor que só se sente com os regressos, com a noção do preenchimento dos espaços vazios, com a recolocação do universo na sua devida ordem. O conforto morno e a felicidade (que tem um bocadinho do travo doce do fumo de um bom cachimbo) do regresso — aos nossos lugares e daqueles de quem gostamos que vimos partir — é a única coisa capaz de superar a alegria de nos vermos ser abandonados por uma companhia inútil ou indesejada.
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