“—Tive a honra de o explicar no último serão, vou repeti-lo para Vossa Excelência. Queira ter em consideração que toda a gente tem espírito e eu não tenho. Para me compensar, consegui licença para dizer a verdade. Todos sabem, com efeito, que só os pobres de espírito dizem a verdade. Alem disso, sou muito vingativo, tudo por causa da minha falta de espírito. Suporto com humildade todas as ofensas, enquanto o ofensor não resvala na adversidade, mas ao primeiro sinal da sua desgraça, recordo a afronta que me fez, vingo-me, escoucinho, como disse um dia de mim Ivan Petrovitch Ptitsyne, o qual, com certeza, nunca atirou coices a ninguém. (...)”
Fiódor Dostoiévski, O Idiota
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O Idiota uma vez por ano, e o príncipe Míchkin candidato a personagem com a capacidade de gerar maior empatia desde D. Quixote. Nada como os Russos! Daí talvez o ódio ao comunismo, terem destruido a capacidade de os lermos, ou estarei a divagar ou ainda mais grosseiramente, enganado. Não me lembro de nenhum desde Gogol, Dostoiévski, ...
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Planeta a cores |
5:35 da tarde