Mel Com Cicuta 

Without the aid of prejudice and custom I should not be able to find my way across the room.

 

William Hazlitt  
      

   

« Home | arredondamento à milésima (post 1000) » | A realidade ultrapassa o blogue » | Enquanto os sinos não tocam » | Better half » | Ontem Bergman, hoje -- como lhe chama (e bem) o Ti... » | Do calor colonial » | Da essência do Mel - Obituário » | Banda sonora para viagens que se querem longas » | Earl Grey » | Guilty Pleasures »

Sempre apreciei a amargura enquanto registo literário. A capacidade de manusear as palavras e extrair delas o efeito que têm as pedras atiradas -- gratuita e raivosamente-- em actos selvagens e inexplicáveis como a lapidação. Mas a técnica (audaciosa e muito mais difícil do que, à partida, possa parecer) só funciona se devidamente alicerçada numa sólida dose de genialidade. A amargura dos medíocres não é mais do que uma tentativa parola e estaticamente tosca para disfarçar o despeito dos solitários. Um pateta, por mais literato que seja, não se pode dar ao luxo de ser amargo.

Ah, o doce amargo...
Enviar um comentário