Numa mesa de um conhecido café de Campo de Ourique, depois do jantar, com amigos e outros amigos desses amigos (que eu tinha acabado de conhecer):
Ele(um perfeito estranho): -Mas vive sozinha? Não sente falta de ter companhia para se distrair depois do trabalho, alguém com quem conversar? E como sobrevive às tarefas domésticas?E não tem medo de vir para casa sozinha à noite?
Respondi educadamente, e segui para casa, algum tempo depois, ainda atordoada pela avalanche de perguntas idiotas. Entrei em casa, chamei companhia. Primeiro o João Gilberto, depois o Jobim, mais tarde o Miles Davis e o Coltrane. No sofá, comigo, o Céline e a sua "Viagem ao fim da noite". Na televisão, a Sic Notícias, em modo mute, só para fazer companhia.
Cada vez me convenço mais que há um certo - e determinado (momento Gato Fedorento do post)- tipo de homem que casa porque: (i) não sabe ou não gosta de ler, (ii) não pode pagar uma boa aparelhagem ou um ecran de plasma e (iii) não é capaz de contratar uma empregada doméstica ou um guarda nocturno.
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Por isso é que o casamento é um acto de caridade da parte feminina e um acto de acomodação da parte masculina.
Para mim, é ainda um contrato com objecto física e legalmente impossível: a minha liberdade.
Posted by sibila | 11:43 da manhã
O cassamento é apenas um acto suicida, digno do maior dos Kamikaze...
Posted by Hugo | 12:12 da tarde
O casamento é, de facto, a melhor forma que conheço de unir duas pessoas que se amam, desde que o pressuposto subjacente à formação da vontade contratual seja o amor e não uma pura e simples prestação de serviços.
Posted by LAC | 12:49 da tarde
Posted by Hugo | 8:26 da tarde
Posted by paulo,sj | 9:54 da tarde
Posted by Goldmundo | 12:21 da manhã
;)
Devia ser obrigatorio nos cursos de preparação para o matrimónio.
Posted by Goldmundo | 12:22 da manhã
Posted by Pedro Mexia | 10:49 da tarde
Posted by Pedro Mexia | 10:50 da tarde