Entretanto, na mesa ao lado
Numa discussão azeda, ela disparava em todas as direcções, sem pudores ou contemplações mínimas que não as estritamente impostas pela da educação que excluíam o recurso ao vernáculo e a alteração do tom de voz. Não bramia acusações, limitava-se a manusear friamente os factos e a enumera-los como rajadas de tiros de armas semi-automáticas. Sempre com um sorriso a meio caminho entre a troça e a perversidade.
[Ele] – Mas de onde é que retiras todas essas conclusões sobre mim? Sabes que não deve haver no mundo albergue suficientemente grande para a quantidade de maldade e peçonha que me atribuis. Porque é que achas que tudo o que faço é necessariamente mal intencionado?
[Ela] – É simples. Penso em mim, nos meus defeitos, nas minhas falhas de carácter. E imagino qual teria sido o resultado se tudo em mim tivesse falhado.
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Posted by Eduardo | 7:09 da tarde