Afixar os pratos do dia, em letras garrafais, nos passeios à porta dos restaurantes, antes das 12:00. (Não imaginam o efeito de imaginar o leitão assado, os lombinhos-não sei-de-quê e mais o bacalhau com natas quando ainda nem se conseguiu ingerir o pequeno almoço).
Expressar qualquer manifestação de humanidade nas áeras comuns dos prédios antes das 11 da manhã.
Atravancar os passeios para ler, à borla, os jornais que estão nas bancas. A ideia é comprar, seguir, e ler o jornal num café ou já no local de trabalho.
Gritar, grasnar, ganir, queixar-se, lamentar o estado do país ou do mundo ou proceder a qualquer outra manifestação de pesar antes das 11:00.
Gritar, exultar, rejubilar, dar graças por estar vivo, cantarolar ou materializar qualquer outra manifestação de felicidade antes do almoço.
Descrever doenças de forma escatológica ou apenas vagamente gráfica a qualquer hora do dia.
Presumir que eu me interesso pelo percurso de aprendizagem enquanto ser humano das crianças dos outros em qualquer hora do dia ou da noite.
Queiram, por favor, levar isto em conta se e quando a vida vos obrigar a cruzar o meu caminho.
Obrigada.
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