Em Setembro passado passeava em Amesterdão e, francamente cansada, reparei num banco de jardim que estava à porta de um edifício, na margem de um canal. Dizia "For the tired passer-by", indiciando que os habitantes do prédio o tinham colocado ali, convidando a sentar-se os que, de passagem sentissem necessidade de descansar.
Esta manhã acordei a pensar naquele banco de jardim. Em como tenho percorrido caminhos sem ter tempo para me sentar nas margens de um qualquer canal. E em como gostava que, algures por estes dias, me aparecesse um banco daqueles. Que não tenha sido colocado para mim. Que não seja um convite a sentar por quem se queira sentar ao meu lado. Que seja apenas um esteio para um qualquer caminhante cansado.
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