A terceira coisa melhor dos blogues é, em última análise, como diria o meu amigo
PPM, que as coisas deixam de ser apenas uma questão de ideologia e passam a ser, sobretudo, uma questão de bom gosto (e eu acrescentaria o bom senso). Note-se que o facto de alguém ler aquilo que eu escrevo não é sinal de bom gosto (e muito menos de bom senso), mas apenas um exercício de auto-flagelação que alguns (a quem, desde já, agradeço) têm por adequado como caminho para a redenção.
O elogio da
f. — tão surpreendente quanto exagerado — só vem provar que: (i) a regra de que as mulheres são incapazes de reconhecer qualidades umas às outras tem excepções; (ii) ainda que se esteja do lado oposto das trincheiras (como foi o nosso caso no aborto, e decerto em muitas outras questões) não deixamos de conseguir olhar para além da soleira da porta lá de casa e (iii) quando nos identificamos com um registo de escrita, não tem de se concordar com tudo o que lá esteja para se gostar.
Embora, às vezes, nos deixe doentes e com formigueiro nos dedos, nesta casa gostamos de ler a
f., nem que seja para discordar. Obrigada, então.