Pois...mas ele pensava assim: Temos que concordar que o ritual é lindo. O desejo almejado de mulheres bem nascidas, ou numa hipótese pior, mal intencionadas. No entanto, por breves momentos vamos esquecer as feridas humanas e falemos apenas das que sonham, esquecendo as outras que causam pesadelos. Envolvidas pela verdade do amor, as pessoas ataviam-se nesta ocasião com o que um cauteloso senso financeiro não aprovaria. Gastam quantias incontáveis nos preparativos. Mas afinal, reconheçamos, é apenas dinheiro. O sonho, vivido a dois, impele os padrinhos embaraçados com os caríssimos e previsíveis presentes. Tinha prometido não falar das tristezas humanas! Depois de anos de planeamento ocorre finalmente o tão esperado dia. Os convidados esperam sentados naqueles (des)confortáveis e antigos bancos de madeira,..e vão perdendo o bom humor. A cerimónia acaba, e o casal sai para a aguardada lua-de-mel, que pode passar da Europa, à América Latina, não esquecendo claro, o lugar que um tio afastado possui. Tudo é válido, afinal estamos no apogeu do amor. Os tempos passam rapidamente. A rotina, essa culpada de costas largas, é acusada pelo desamor, pela sensaboria quando comparada com outros tempos apaixonados. Mas estes delatores irreflectidos, esquecem que a rotina é uma convidada e só visita os casais quando é insistentemente requestada. Dormem juntos, mas desbarataram a intimidade que aconchega. Ficam, diriam os simplistas, os filhos, frutos dessa união. Estes irão imortalizar a espécie humana, repisando os nossos comportamentos e tentativas. Bem vamos esquecer isso. Tinha prometido não falar sobre as agruras humanas....
Temos que concordar que o ritual é lindo.
O desejo almejado de mulheres bem nascidas, ou numa hipótese pior, mal intencionadas. No entanto, por breves momentos vamos esquecer as feridas humanas e falemos apenas das que sonham, esquecendo as outras que causam pesadelos.
Envolvidas pela verdade do amor, as pessoas ataviam-se nesta ocasião com o que um cauteloso senso financeiro não aprovaria. Gastam quantias incontáveis nos preparativos. Mas afinal, reconheçamos, é apenas dinheiro.
O sonho, vivido a dois, impele os padrinhos embaraçados com os caríssimos e previsíveis presentes. Tinha prometido não falar das tristezas humanas! Depois de anos de planeamento ocorre finalmente o tão esperado dia. Os convidados esperam sentados naqueles (des)confortáveis e antigos bancos de madeira,..e vão perdendo o bom humor. A cerimónia acaba, e o casal sai para a aguardada lua-de-mel, que pode passar da Europa, à América Latina, não esquecendo claro, o lugar que um tio afastado possui. Tudo é válido, afinal estamos no apogeu do amor.
Os tempos passam rapidamente. A rotina, essa culpada de costas largas, é acusada pelo desamor, pela sensaboria quando comparada com outros tempos apaixonados. Mas estes delatores irreflectidos, esquecem que a rotina é uma convidada e só visita os casais quando é insistentemente requestada. Dormem juntos, mas desbarataram a intimidade que aconchega.
Ficam, diriam os simplistas, os filhos, frutos dessa união. Estes irão imortalizar a espécie humana, repisando os nossos comportamentos e tentativas. Bem vamos esquecer isso. Tinha prometido não falar sobre as agruras humanas....
Posted by Álvaro Lins | 7:47 da tarde