Não que isto interesse, mas a minha última semana de férias foi miserável. Regressada de Londres — sem antevisão possível para a retoma financeira depois do rombo que a Libra causou — uns simpáticos vírus resolveram instalar-se e atirar-me para 4 dias de febre, sofá, programas televisivos para reformados e a quase vã tentativa de avançar na pilha de livros. Os dias, lá fora, gloriosos e coloniais. E a enferma delirante e mal-humorada chorava saudosa do Inverno, época muito mais adequada a qualquer tipo de maleitas. Quem pode evitar esboçar um sorriso amparado ante a ideia de buscar no edredão de penas e no chá a ferver o conforto dos dias engripados quando a chuva e o vento fustigam os transeuntes a quem acenamos mentalmente, não sem alguma ironia sobranceira, ainda que no auge da sucessão de espirros?Desta vez nenhum desses confortos infantis como a justificada permanência em casa em dia de trabalho ou a temperatura glaciar lá fora. Desta vez a janela mostrava trocista um céu azul envaidecido, gentes com roupas frescas e uma webcam num site da especialidade exibia despudoradamente a praia do Guincho sem vento. Desta vez o Verão de Agosto durou 4 dias. Os mesmos que a bula do medicamento prescrevia para a recuperação.
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Da gripe, ou na gripe, vem sempre saudável e elegante.
Um regresso há muito esperado.
woody&allen
Posted by Miss Allen | 10:59 da tarde
Obrigada pelo acolhimento. A casa é vossa.
Posted by LAC | 11:33 da manhã