Idiossincrasias
Se, por um lado, não aprecio o radicalismo bacoco e soberbo de certezas inexpugnáveis (que não reflecte muito mais do que uma limitação de horizontes), por outro, incomoda-me a lassidão dos que recorrem à moderação como desculpa para o comodismo (escudando-se nela como pretexto para a ausência de uma verdadeira e consciente formação de vontade).
No mais, o segredo para o sucesso do diálogo não está necessariamente na moderação na defesa de opiniões, mas antes na elevação de carácter que requer que se ponha em prática uma educação imaculada, ouvindo o próximo que nos seja ideológica e socialmente distante e na inteligência de aproveitar o que de bom tenham as ideias distintas das nossas.
De facto, admito ter estado enganada este tempo todo. Aquilo pelo que nutri sempre alguma simpatia foi pela ponderação, pela análise distanciada e pesagem tão descomprometida quanto possível de prós e contras. Uma vez formada a vontade e respeitados os requisitos básicos de uma educação que respeite padrões mínimos de civilização, parece-me que a moderação bem pode ir dar uma curva.
Posted by Unknown | 5:16 da tarde
Posted by Eduardo | 7:29 da tarde
Posted by Miss Allen | 7:43 da tarde
Posted by Ana Matos Pires | 1:32 da manhã
Posted by i | 7:41 da tarde