Mel Com Cicuta 

Without the aid of prejudice and custom I should not be able to find my way across the room.

 

William Hazlitt  
      

   

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Idiossincrasias

Sempre admirei os moderados na mesmíssima medida em que os desprezei. Incoerência? Passamos a teorizar:
Se, por um lado, não aprecio o radicalismo bacoco e soberbo de certezas inexpugnáveis (que não reflecte muito mais do que uma limitação de horizontes), por outro, incomoda-me a lassidão dos que recorrem à moderação como desculpa para o comodismo (escudando-se nela como pretexto para a ausência de uma verdadeira e consciente formação de vontade).
No mais, o segredo para o sucesso do diálogo não está necessariamente na moderação na defesa de opiniões, mas antes na elevação de carácter que requer que se ponha em prática uma educação imaculada, ouvindo o próximo que nos seja ideológica e socialmente distante e na inteligência de aproveitar o que de bom tenham as ideias distintas das nossas.
De facto, admito ter estado enganada este tempo todo. Aquilo pelo que nutri sempre alguma simpatia foi pela ponderação, pela análise distanciada e pesagem tão descomprometida quanto possível de prós e contras. Uma vez formada a vontade e respeitados os requisitos básicos de uma educação que respeite padrões mínimos de civilização, parece-me que a moderação bem pode ir dar uma curva.

Ó Laura, olhe lá, que o Marques Mendes pode estar a ler isto.
Há quem ande por aí a partir corações e há quem ande por aí a desprezar moderados.
Laura é nome forte demais, não há como moderá-lo.
eheh
Sempre achei que a ponderação só funciona quando é fachada.
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